A dívida, o orçamento e os trabalhadores

A GREVE DOS TRABALHADORES - Os técnico-administrativos em educação (TAEs) das universidades, que somam mais de 200 mil trabalhadores entre os da ativa e aposentados, estão em greve desde o dia 11 de março. Apesar de serem o maior contingente de trabalhadores públicos do país e terem o pior salário eles não têm encontrado apoio no governo federal que já fechou acordo com outras categorias em percentuais bastante satisfatórios. Para os trabalhadores das universidades o governo aponta um reajuste de 4,5%, mas apenas em 2025, desconsiderando as perdas que já acumulam mais de 70%. Por conta disso, a categoria, que insiste em ver seus salários reajustados ainda este ano, decidiu entrar em greve. Já são mais de 60 universidades paradas num movimento bastante forte. Ademais do reajuste os TAEs também reivindicam equiparação dos benefícios, melhorias no Plano de Cargos e Salários e mais verbas para as universidades. Além dos trabalhadores das universidades, os TAEs e professores dos Institutos Federais igualmente aderiram ao movimento e a partir desta semana também os professores das universidades começam a parar. O governo insiste com o argumento de que não há recursos para o reajuste dos trabalhadores esse ano, mas isso não é verdade. O dinheiro existe, apenas tem outra destinação. A educação não parece ser prioridade. Nesta aula pública, durante uma atividade dos TAEs da UFSC, o professor Nildo Ouriques fala sobre a dívida, o orçamento e lugar que os trabalhadores ocupam nos planos do governo.
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