SOBRE A CRISE NO SUDÃO #mundomultipolar #geopolitics #sudan

Apresentação Mariana Schlickmann Pesquise e edição Jesus Cardoso e Mariana Schlickmann Este é um vídeo do Mundo Multipolar. Nosso assunto de hoje é a crise do Sudão. Desde o golpe contra Omar al-Bashir em 2019, o Sudão entrou em um novo período de instabilidade crônica marcada por com ameaças para si e para a região. Isso graças a uma insurgência popular liderada por diversas ONGs, a maioria delas guiadas ou mesmo financiadas pelos Estados Unidos e União Europeia. É importante dizer que o um vasto território e grande diversidade étnica e regional, com cerca de 400 a 500 populações distintas. Isso faz com que a estabilidade sudanesa dependa criticamente de um modelo eficiente de interação entre as elites e os clãs. Os esforços da Arábia Saudita e dos Emirados para moldar a transição política após a deposição de Omar al-Bashir em abril de 2019 levaram a sucessos parciais, mas também a dificuldades significativas, pois tiveram um custo de reputação severo sob escrutínio da população sudanesa e da comunidade internacional. O governo Biden e sua política estão no cerne do agravamento da lenta crise política interna no Sudão que tem vem se formando desde 2019 entre o exército liderado pelo líder de fato Abdel Fattah al-Burhan e formações armadas lideradas por Mohamed Hamdan Dagalo. Os acordos políticos imaturos e irrealistas promovidos pelos ocidentais alimentaram significativamente as lutas internas dos militares. A distorção propagada pela mídia ocidental reduz a atual crise no Sudão – manifestando-se como conflito dentro do estabelecimento militar – é uma simplificação grotesca e uma tentativa de encobrimento. Simplificando, esta crise não pode ser reduzida a uma disputa pessoal entre os dois generais - Burhan e Hamdan - que eram amigos há muito tempo. A crise só pode ser resolvida através de uma “solução de segurança”, o que significa um processo de integração envolvendo as Forças de Apoio Rápido de forma adequada como um parceiro político na governação, e não apenas uma força militar filiada ao exército. Basicamente, o que move as forças especiais no atual conflito é a expectativa de aumentar sua importância no processo político interno do país. Deve-se entender que a luta atual não é sobre o acesso a algum recurso militar, mas sobre o controle da economia e a distribuição do poder. Enquanto isso, a ONU mas atrapalha do que ajuda. Este é mais um exemplo do legado do secretário-geral da ONU, Guterres, de preferir os ocidentais como enviados aos pontos críticos onde os interesses geopolíticos do Ocidente estão em jogo. Os países da região podem ajudar a resolver o conflito, mas não foram chamados. Um acordo abrangente pode não acontecer em breve, pois as contradições internas que se acumularam ao longo do tempo exigem compromissos e, pelo menos até agora, as partes não estão prontas para isso. No atual clima de resolução de crises que envolve a política regional na região da Ásia Ocidental e no Golfo em particular, não há pré-requisitos objetivos para que o conflito passe para o estágio regional. Os principais países associados às facções em guerra apresentaram iniciativas de manutenção da paz - Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito. Além disso, outros parceiros externos, especialmente a Rússia e a China, farão esforços para evitar um conflito aberto prolongado. Aliás, o Sudão tem uma dívida externa inferior a US$ 60 bilhões, e a maior parte dela recai sobre a China — e a Rússia, por outro lado, está bem posicionada para promover a aproximação entre al-Burhan e Dagalo. Durante sua visita ao Sudão em fevereiro, o ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov se reuniu com os líderes de ambos os lados opostos. No entanto, a agenda anglo-americana permanece duvidosa. Seu foco é internacionalizar a crise, injetar rivalidades entre as grandes potências na situação sudanesa e criar pretextos para a intervenção ocidental. Mas qualquer tentativa de reacender as brasas da Primavera Árabe terá enormes consequências para a segurança e estabilidade regional. Este foi um vídeo do Mundo Multipolar, pedimos que vocês curtam, cometem, compartilhem e sem engajem em nossas redes. Se for possível, contribuíam financeiramente, com qualquer valor, para ajudar nosso trabalho a crescer doando através do pix apoie@. Tchau! Fontes:
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