A biografia oficial de BOB MARLEY | Documentário legendado (PT/BR) | Marley (2012)

Bob Marley foi um dos maiores ícones da história da música, famoso por popularizar internacionalmente o Reggae, gênero musical que surgiu nas favelas jamaicanas, na década de 1970, profundamente influenciado pela religião afrojamaicana Rastafári. Mundialmente celebrado como a voz dos pobres e oprimidos, Bob Marley é considerado um símbolo de resistência negra, espiritualidade, defesa dos direitos humanos e luta por justiça social. Suas músicas denunciavam o racismo, a desigualdade social, o colonialismo e a guerra. Dedicado a protestar contra injustiças sociais, sua obra serviu de porta-voz às convicções espirituais e à consciência política da fé Rastafári, como as interpretações afrocêntricas da Bíblia, o pan-africanismo e o nacionalismo negro do ativista Marcus Garvey, a afirmação de uma identidade africana anticolonial, a convocação dos afrodescendentes pelo mundo para o retorno à África e a crença messiânica na figura do imperador etíope Haile Selassie I - considerado o messias negro para os rastafáris. Criado em meio à pobreza de Trench Town, a maior favela de Kingston, capital da Jamaica, Marley tornou-se o primeiro grande artista global oriundo do chamado Terceiro Mundo, e sua música militante inspira até hoje músicos, ativistas e movimentos do mundo inteiro. Ao longo de sua breve vida, no contexto da Guerra Fria, dedicou esforços para evitar uma guerra civil na Jamaica em 1976 - ocasião em que sofreu uma tentativa de assassinato - e, em 1978, em meio à persistente violência política jamaicana, reuniu em um grande show os líderes dos partidos políticos rivais da Jamaica para um juramento pela paz. Bob Marley também dedicou significativo esforço e apoio à independência do Zimbábue, na África, e esteve presente na celebração da emancipação do país africano do domínio colonial britânico, em 1980, realizando dois concertos gratuitos como parte das festividades no país. Em 1978, Bob Marley foi condecorado pela ONU com a “Medalha da Paz do Terceiro Mundo“. Vítima do câncer de pele, Bob Marley morreu em 1981, após recusar a amputação de um dedo de seu pé, em atenção aos princípios da religião Rastafári. Praticantes do bíblico Voto Nazireu (Números 6:1-21), os rastafáris crêem que o corpo é um templo sagrado que não deve ser modificado, motivo pelo qual rejeitam também o consumo de carne e de bebidas alcoólicas. A fé Rastafári é uma religião judaico-cristã afrocêntrica surgida na Jamaica, na década de 1930, entre negros descendentes de africanos escravizados. Conceituado também como um movimento político-religioso, o Rastafári foi um dos movimentos negros de resistência ao racismo e ao colonialismo mais influentes do século XX. A religião cultua Haile Selassie I (1892-1975), o último imperador da Etiópia, como a reencarnação de Jesus Cristo ou como a própria encarnação de Deus (Jeová, também chamado pela forma abreviada “Jah“). Imperador da única nação africana que nunca foi colonizada, Haile Selassie I foi herdeiro da Dinastia Salomônica Etíope, cujas origens remetiam à antiga Rainha de Sabá, da Etiópia, e ao Rei Salomão, de Israel, filho do Rei Davi, razão pela qual os rastafáris afirmam que Haile Selassie I cumpriria uma série de profecias bíblicas relacionadas à segunda vinda de Cristo. Os rastafáris crêem que Haile Selassie I seria o aguardado messias negro que libertaria e resgataria os afrodescendentes pelo mundo para repatriá-los à África. Edificado sob a visão política do ativista jamaicano Marcus Garvey, o Rastafári combina o Cristianismo, o Judaísmo e uma consciência política pan-africana. Entre suas principais leis e costumes, estão a desaprovação de modificações do corpo, o uso religioso da Cannabis e a abstenção do consumo de carne e de bebidas alcoólicas. A religião foi internacionalmente difundida através dos artistas e letras de Reggae, gênero musical surgido nas favelas jamaicanas, na década de 1970, profundamente inspirado pela fé Rastafári. Inspirados pela história bíblica do Êxodo, pelo pan-africanismo e pelo nacionalismo negro de Marcus Garvey - que pregava que os africanos em diáspora deveriam retornar à África para consolidar uma identidade africana anticolonial -, os rastafáris crêem que Haile Selassie I seria o messias negro que resgataria os afrodescendentes mundo afora, em uma missão espiritualmente guiada de repatriação à África. Os rastafáris possuem uma cosmovisão judaico-cristã profundamente afrocêntrica e anticolonial, defendem a união dos povos africanos, identificam-se como africanos e desejam retornar à África, mais precisamente à Etiópia, chamada por eles de Zion (Sião, em língua portuguesa), a Terra Prometida bíblica. Tais elementos são geralmente muito marcantes nas letras de Reggae. AVISO LEGAL: todos os vídeos, músicas, imagens e gráficos usados ​​no vídeo pertencem aos seus respectivos proprietários, e este canal não reivindica nenhum direito sobre eles. Marley - Um filme de Kevin Macdonald - 2012 Shangri-La Entertainment - Tuff Gong
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