Como nasceu a ’Morena Tropicana’ | Entrevista com VICENTE BARRETO

Nascido em Conceição de Coité, interior da Bahia, Vicente Barreto se mudou aos três anos de idade para a vizinha Serrinha. Naquela época, a feira de sábado não era só local para venda de mercadorias, mas dia de apresentação de cantadores e trios de forró. “Minha música é recheada dessa coisa do Jackson do Pandeiro, dos seus ritmos, da formação dos artistas daquela época que gravavam com triângulo, sanfona e zabumba. Isso ficou na minha cabeça”, lembra o músico. Agora, Vicente Barreto resgata suas raízes nordestinas com o lançamento de seu 13º álbum, “Na Força e na Fé“ (Saravá Discos). “Todas essas memórias estavam comigo. Era como se tivesse obrigação de fazer esse disco, por tudo que essa música me deu, que ouvia desde pequeno, sem saber que seria músico. Aquilo já me emocionava“, conta. O novo disco traz oito faixas inéditas, com músicas em parceria com Chico César, Zeca Baleiro, Renato Teixeira, Zeh Rocha e Soneka, além de uma regravação de “Pelas Ruas que Andei“, uma parceria de Vicente com Alceu Valença. Aliás, Vicente e Alceu são autores de um dos maiores clássicos do cancioneiro brasileiro: “Morena Tropicana“, lançada em 1982. “As pessoas acham que fiz a canção na Bahia, naquele dia de calor, na beira do mar, peguei o violão, aquela cena poética”, brinca. Na época, Vicente Barreto morava em São Paulo quando tirou uns acordes no violão. “Comecei por volta das 9 horas e ao meio-dia a melodia estava pronta“, recorda. Seja membro do Clube do Canal de CartaCapital e tenha acesso a benefícios exclusivos: Assine e apoie CartaCapital: Inscreva-se no canal de CartaCapital no YouTube: Siga CartaCapital nas redes sociais: - Facebook: - Twitter: - Instagram:
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